Cidade Ocidental também estaria na rota do Rap, segundo Cláudio Chandelle. Mas de uma maneira diferente, onde outras influências mostrariam a sua cara.
Em músicas como “Tribunal de Rua”, uma homenagem a Marcelo Yuka, ex-Rappa, percebe-se nitidamente elementos do Rock protesto do grupo carioca, “Som que Vem da Rua” é uma ode ao Hip-Hop, como não poderia deixar de constar nesse segundo registro fonográfico, onde Breakers, Rappers e DJs se encontram em meio a letra com rimas bem calculadas.
Claudio Chandelle, que nesse CD não conta mais com as presenças vocais de Pedro (Ordep) e Márcia, faz às vezes de Backing Vocals, extrapolando seu papel de MC, líder e condutor do grupo, tentando cobrir o vácuo deixado nas faixas, mas trazendo o grupo para mais perto do seu público, Cidade Ocidental.
Com a produção do DJ Chocolaty, as músicas ganharam batidas mais experimentais, como por exemplo, na nova versão da música “Dona Viola”, presente no primeiro disco, onde os beats reverberam mais, assim como o vocal de Ana Paula, dando a entender que a música estivesse sendo executada em plena rua.
Por vezes, o grupo parece ter finalmente encontrado uma identidade própria, usando batidas diferenciadas, privilegiando as levadas dos dois rappers. Entretanto alguns teclados remetem firmemente à “G Funk Era”, quando ícones como Dr. Dre, DJ Quik e Warren G elevaram à categoria de música, riffs soltos utilizados em larga escala por rappers da “West Coast”, e apropriados pelos rappers da Capital Federal.
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